O jejum intermitente é, sim, uma estratégia interessante para gerar adaptações celulares e metabólicas, entre elas: aumento do número de mitocôndrias (organela da célula que queima gordura), melhora dos parâmetros de resistência à insulina (predisposição para diabetes), melhora do perfil lipídico (colesterol e seus amigos), além de benefícios para memória e imunidade. Está certo, tudo isso pode ser interessante para a saúde de algumas pessoas (friso o “algumas”, porque nem todo mundo consegue fazer jejum intermitente, principalmente, pacientes ansiosos ou estressados).
Agora, vamos analisar o jejum intermitente em relação à performance, que é o ponto central deste texto. Quando algo se torna moda, as pessoas querem usar para tudo, mas nem sempre os benefícios acontecem… ou melhor, muitas vezes não acontecem.
Quando falamos em performance, seja voltada a atividades de endurance (triatlhon, por exemplo), musculação, esportes de alta intensidade… Em qualquer tipo de exercício, uma das principais prerrogativas atuais é a distribuição de proteínas (0,3 g de PTN para cada kg de peso do indivíduo, 21 g para uma pessoa de 70 kg, equivalente a 100 g de frango, em média), a cada 3 ou 4 horas. Essa quantidade seria suficiente para gerar a sinalização adequada dentro do músculo (algo como uma ativação dentro da célula) para a síntese de proteína (por exemplo, regenerar o músculo). Só por isso o jejum intermitente como estratégia para performance já foi para o espaço. Isso deixando de lado carboidratos, fitoquímicos, eletrólitos, calorias e principalmente vitaminas e minerais.
Mas veja bem, estamos falando de performance! Indivíduos que buscam melhora de saúde, estética ou até mesmo “manter” rendimento podem tirar proveito dessa estratégia.
Então, mais uma vez, precisamos parar de achar um “salvador da pátria”!
Nem tudo serve para todo mundo, individualidade é a palavra certa.