Já é bem estabelecido que os hábitos alimentares são fundamentais para avaliar e modular a saúde e o bem-estar. Fora isso, a nutrição pode ajudar as pessoas na prevenção de dores agudas e crônicas de diferentes formas, sendo uma estratégia fundamental para os esportes de alta intensidade.
Nosso corpo manifesta as dores de duas formas, e uma delas é através da nocicepção. Os nociceptores são terminais nervosos encontrados por toda área do nosso corpo, que enviam sinais causando a percepção da dor, podendo sentir tanto externamente quanto internamente. Pensando nos esportes em alta intensidade, a característica dos treinos pode levar a quadros de dores agudas e crônicas, pois são treinos em alta intensidade e constantemente variados, o que por si só já aumentam as chances de dor muscular tardia.
Primeiramente, deve-se esclarecer que os nutrientes atendem a microbiota intestinal antes de serem absorvidos como bioativos. Portanto, qualquer relação sobre a dieta e dor está intimamente relacionada a saúde intestinal, ou seja, uma saúde intestinal ruim (disbiose) leva a maiores complicações, aumento do processo crônico inflamatório do nosso organismo e maior nocicepção por falta de nutrientes capazes de diminuir os quadros de dores.
O péssimo hábito alimentar (excesso de alimentos industrializados, ultraprocessados, ricos em açúcares simples etc), aumenta a produção de substâncias inflamatórias e nocicepção da dor. Consequentemente, ocasionando uma série de problemas ao longo de nossa vida.
Alguns alimentos possuem papéis fundamentais na redução de diversas dores, principalmente pelo papel anti-inflatório, antioxidadativo, antinoceciptivos e analgésicos. Se pensamos em aspectos qualitativos, introduzirmos esses alimentos na dieta é importante, principalmente quando o objetivo e melhorar a performance e acelerar o processo de recuperação.
Veja cada um deles:
Ricos em pufas (ômega 3)
Onde encontrar: óleo de peixe, linhaça, abacate, oleaginosas, óleo de girassol
Ação: Melhora da microbiota intestinal, anti-inflamatório, redução de dor articular, moduladores imunológicos.
Ricos em flavonóides
Onde encontrar: frutas vermelhas, chocolate amargo, chá verde, chá preto, gengibre, alho, brócolis
Ação: antioxidante, anti-inflamatório, efeito analgésico, redução de dores articulares e neuropáticas, ação antinocecpitiva.
Ricos em curcuminoides
Onde encontrar: açafrão da terra (cúrcuma), gengibre amargo (zerumbona)
Ação: antioxidante e antinocecpitiva, dores crônicas, anti-inflamatória, melhora de cicatrizes e feridas.
Ricos em minerais (Sêlenio, zinco e magnésio)
Onde encontrar: Castanha do Pará, chocolate amargo, frutos do mar, sementes de linhaça e gergelim
Ação: Redução de dores músculo esqueléticas, pancreatite aguda, fibromialgia.
Ricos em vitamina D
Onde encontrar: Sardinha, atum, salmão, gema de ovo, queijos, cogumelos
Ação: Melhora da dor muscular, dores de cabeça, dores articulares.
Ricos em poliaminas
Onde encontrar: alface, laranja, banana, tomate, cebola, alho, arroz, feijão, cogumelos
Ação: Antinocecpitiva e redutora de dor.
Como podemos observar, a nutrição pode melhorar não somente a qualidade de vida de uma pessoa, mas também a performance.
A dor muscular pode aparecer após treinos intensos e não habituais, e pode atrapalhar o desempenho de um atleta de esportes de alta intensidade, limitando algum movimento ou diminuindo a carga prevista para o treino. Neste sentido, a nutrição e a suplementação entram como aliadas principalmente na periodização do atleta, já que, em longo prazo, quanto mais o atleta conseguir executar treinos em alta intensidade, melhor será o desempenho dele.
Nutrição para praticantes de esportes de alta intensidade deve ser muito mais que apenas calorias, mas sim uma estratégia qualitativa para a melhora do desempenho e recuperação!
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